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Seminário vai reunir entidades de todo o País para debater o setor joalheiro no próximo dia 13.

Publicado em 01/11/2018

Palestras e debates terão como temas os desafios para o crescimento do setor, a necessidade permanente de adequação tributária e a construção de uma agenda desenvolvimentista para o setor

O V Seminário de Atualização Tecnológica e o Setor de Joias e Bijuterias acontecerá no dia 13 de novembro na Casa Firjan, no Rio de Janeiro, com a missão de estabelecer uma agenda positiva para o pleno desenvolvimento do setor de gemas, joias e bijuterias. O evento é promovido pela Associação dos Joalheiros e Relojoeiros do Rio de Janeiro (Ajorio), em parceria com a Firjan, o Sebrae/RJ, Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM) e International Colored Gemstone Association (ICA).

De acordo com a presidente da Ajorio, Carla Pinheiro, esta edição do seminário terá um caráter diferenciado, em função de acontecer logo em seguida ao pleito de 2018. “Decidimos aproveitar o momento, em que já teremos os novos governantes eleitos, para debater os principais entraves que, há anos, dificultam o crescimento do setor e propor medidas eficazes que fortaleçam este importante segmento da economia”, afirmou.

O Brasil abocanha metade do mercado de joias na América Latina, que movimentou US$ 7,5 bilhões em 2017, segundo estudo da consultoria Euromonitor International. Para o IBGM, no entanto, faltam incentivos para a produção de artefatos de joalheria no mercado nacional e a consequência é que boa parte das exportações brasileiras é de matéria-prima em estado bruto, sem valor agregado.

Segundo o diretor-executivo do IBGM, Ecio Morais, o seminário vai reunir representantes de associações, sindicatos e empresários de diversas regiões do País para a construção de uma agenda horizontal que contemple as especificidades de cada polo produtor. “Já temos os principais tópicos mapeados, mas precisamos atualizar a agenda. Como entidade nacional, o IBGM está capitaneando a elaboração deste documento, mas o Brasil é um país de dimensão continental, cada associação de classe tem suas particularidades que devem estar necessariamente contempladas no projeto”, afirmou.

Segundo a diretora-executiva da Ajorio, Angela Andrade, a programação das palestras e dos debates terá como foco três grandes temas: apresentação dos principais desafios para o crescimento do setor, a necessidade permanente de adequação tributária e a construção de uma agenda desenvolvimentista para o setor. “Além disso, vamos ter uma palestra sobre o novo cenário político e econômico e um painel com os melhores cases internacionais, que serão apresentados pelo presidente do ICA”, informou.

Maior país produtor e consumidor de joias do mundo, a Índia tem um setor joalheiro que corresponde a 7% do PIB, e é o terceiro maior empregador do país, com cerca de 2,5 milhões de empregos diretos. Na década de 70, Índia e Brasil equiparavam-se em termos de exportação, registrando U$S 30 milhões/ ano. Passados quase 50 anos, o país asiático exporta US$ 3 bilhões, enquanto o Brasil permanece estagnado na mesma cifra. “Nosso mercado industrial joalheiro corresponde a apenas 0,24% do PIB, e emprega 93 mil pessoas diretamente. Vamos trazer os cases internacionais ao seminário para pensar que lições o Brasil pode aprender para fortalecer o setor, com condições, inclusive de movimentar o PIB nacional”, explicou Angela.

Pelo quinto ano consecutivo, a Ajorio realiza o Seminário de Atualização Tecnológica com a proposta de levar informações e promover o debate em torno dos principais temas de interesse coletivo das empresas de gemas, joias, bijuterias, relógios e afins do Rio de Janeiro. As inscrições são gratuitas.

Serviço:

V Seminário de Atualização Tecnológica e o Setor de Joias e Bijuterias

Local – Casa Firjan – Rua Guilhermina Guinle, 211 – Botafogo

Horário – 9h às 18h

Inscrições: Gratuitas no site www.ajorio.com.br