NOTÍCIAS
Home - IBGM Informa

IBGM reforça papel da indústria joalheira no Fórum Brasileiro pelo Ouro Responsável

Publicado em 03/10/2025

Instituto apresentou o projeto Ouro sem Mercúrio e defendeu o fortalecimento da cadeia produtiva como caminho para a formalização e o desenvolvimento sustentável do setor

São Paulo, 3 de outubro de 2025.

O Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM) teve participação de destaque no segundo dia do Fórum Brasileiro pelo Ouro Responsável, realizado em 23 e 24 de setembro de 2025, na sede do Ministério de Minas e Energia, em Brasília (DF). O evento foi promovido pela Agência Nacional de Mineração (ANM), em parceria com o Conselho Mundial do Ouro (World Gold Council) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

A iniciativa marcou o primeiro passo para a criação da Coalizão Global para Ação sobre a Mineração Artesanal e em Pequena Escala de Ouro (ASGM), cujo lançamento está previsto para novembro, em Genebra.

Crise e desafios da mineração artesanal no Brasil

Da esq. à dir., Ecio Morais Moderador (diretor-executivo do IBGM), Gilson Camboim (Organização das Cooperativas do Brasil), Dione Macedo (Geologia Responsável) e Marcelo Brunella Aziz Jorge (Diretor de Assuntos Jurídicos e Relações Governamentais).

 

Como é amplamente conhecido, a mineração de pequena escala do ouro enfrenta hoje uma crise no Brasil, caracterizada pela infiltração do crime organizado, pela invasão de territórios indígenas e pela degradação ambiental.

Trata-se de um problema complexo e multifacetado, que só pode ser adequadamente enfrentado com uma visão sistêmica da cadeia de comercialização do ouro — desde a extração até o destino final do metal, seja ele a indústria joalheira, o mercado financeiro ou a exportação.

Nesse contexto, o fórum reuniu órgãos públicos e representantes da iniciativa privada para discutir novos modelos de governança da cadeia do ouro, reconhecendo que ações isoladas de repressão e controle já não são suficientes para conter a ilegalidade.
As soluções, segundo os participantes, devem estar pautadas na formalização da atividade, na rastreabilidade do ouro e no fortalecimento da cooperação institucional em âmbito nacional e internacional.

A contribuição da indústria joalheira

Ecio Morais, diretor-executivo do IBGM no Fórum Brasileiro pelo Ouro Responsável, em Brasília.

 

Durante sua apresentação, o diretor-executivo do IBGM, Écio Morais, destacou o papel estratégico da indústria joalheira na cadeia produtiva do ouro, responsável por cerca de 50% da demanda global do ouro primário.

Morais reforçou que é na indústria de joias que o metal ganha valor agregado, gerando empregos, tributos e divisas internacionais, e defendeu políticas públicas que incentivem o adensamento produtivo e o fortalecimento da produção nacional.

O executivo apresentou o Projeto Ouro sem Mercúrio, desenvolvido pelo IBGM em parceria com seis minas da região da Baixada Cuiabana (MT). A iniciativa promove a eliminação do uso de mercúrio e dissemina boas práticas ambientais e sociais, tornando-se referência em mineração artesanal responsável e sustentabilidade na cadeia mineral.

Valor agregado e desenvolvimento industrial

Morais lembrou que o Plano Nacional de Mineração 2030, do Ministério de Minas e Energia, define como diretriz central agregar valor ao bem mineral produzido no país, por meio da integração entre governo e setor privado.
Atualmente, o Brasil exporta cerca de 100 toneladas de ouro por ano, em estado bruto — com baixo valor agregado e modesta arrecadação tributária direta, já que o metal exportado é isento de tributos.

De acordo com cálculos apresentados pelo IBGM, se parte desse ouro fosse beneficiada pela indústria joalheira antes da exportação, o país poderia agregar aproximadamente R$ 300 milhões por tonelada (considerando o preço médio de R$ 600 o grama e um multiplicador de 1,5), além de ampliar significativamente a geração de empregos, renda e tributos.

Parte da solução para uma mineração mais sustentável

Encerrando sua participação, Ecio Morais ressaltou que o setor joalheiro deve ser visto como parte da solução — e não do problema — no enfrentamento da ilegalidade e na construção de um modelo de mineração sustentável e formalizado.
Para isso, defendeu uma revisão do modelo de tributação do ouro, de modo a incentivar o desenvolvimento industrial, ampliar o consumo interno e fortalecer a competitividade da cadeia produtiva nacional.

“A indústria de joias é o elo onde o ouro ganha valor agregado, gerando desenvolvimento econômico, empregos e segurança jurídica para o país”, afirmou Morais.

Sobre o IBGM

O Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM) representa de forma integrada a cadeia produtiva de gemas, joias e metais preciosos, promovendo a competitividade, a sustentabilidade e a legalidade da mineração e da indústria brasileira. Tem fomentado e endereçado soluções, tais como Protocolo Ouro sem Mercúrio e do Guia de Prevenção à Lavagem de Dinheiro, referências nacionais em governança, rastreabilidade e integridade no setor.

O Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM) é a principal entidade representativa do setor de gemas e joias no Brasil. Há mais de 50 anos atua na promoção do desenvolvimento sustentável, inovação e certificação da cadeia produtiva, com foco em posicionar o país como referência mundial em qualidade, competitividade e responsabilidade socioambiental.

Sua missão é integrar e fortalecer o setor, promovendo conhecimento, valorização de produto, competitividade e acesso a mercados — sempre com base na ética, transparência e conformidade legal.

A atuação do IBGM é estruturada em três frentes principais:

  1. Ambiente interno: capacitação e melhoria da competitividade das empresas.
  2. Ambiente externo: atuação em políticas públicas, regulação e ambiente de negócios.
  3. Acesso a mercados: promoção comercial no Brasil e no exterior.

 

Contato para imprensa:
Consultoria Karla de Melo

Cel/Whatsapp: (21) 994485892

Email: imprensa@ibgm.com.br