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IBGM participa da ‘Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias’, em Belém-PA
Publicado em 30/08/2023Carla Pinheiro, vice-presidente de Relações Institucionais do Instituto, é convidada do painel ‘Natureza e Desenvolvimento’, que trata do tema ‘Desafios no Enfrentamento aos Ilícitos na Amazônia’
De hoje até 1° de setembro acontece a ‘Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias’, em Belém-PA, e o IBGM estará representado por sua vice-presidente de relações institucionais, Carla Pinheiro.
Realizado pelo Ibram, o evento – que terá a participação de Tony Blair (primeiro ministro da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte de 1997-2007), Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, Iván Duque (presidente da Colômbia de 2008-2022) e Helder Barbalho (governador do Pará) – discutirá as novas economias que representam o caminho para um futuro sustentável da Amazônia, congregando conservação, desmatamento líquido zero, desenvolvimento e bem-estar social, a partir das possíveis contribuições das indústrias, onde a mineração está inserida.
Na agenda do dia 31, junto a um seleto grupo de convidados, Carla Pinheiro palestrará no painel ‘Natureza e Desenvolvimento’ com o tema ‘Desafios no Enfrentamento aos Ilícitos na Amazônia’, que abordará os desafios nas políticas de comando e controle para garantir um futuro às pessoas envolvidas e exploradas em atividades ilegais. “O setor de gemas, joias e bijuterias – um elo importante da cadeia de valor dos bens minerais – tem um papel destacado na orientação e no apoio às ações de enfrentamento aos ilícitos pertinentes ao seu segmento da cadeia”, comenta Pinheiro.
Na oportunidade, ela também poderá compartilhará algumas das ações que denotam o esforço do setor há mais de 10 anos em resolver suas deficiências e desconformidades por meio do combate à informalidade, ao contrabando, às cópias de produtos, às más práticas dentro das empresas e à destruição ambiental como forma de obtenção de insumos. Dentre eles, ela destacará a campanha ‘Sou Formal, Sou Legal’, que orienta as empresas no caminho da formalização de seus negócios; o ‘Manual de Compliance’ (em parceria com a FIRJAN), que orienta os empresários do setor sobre como estruturar um programa de integridade em suas empresas; o ‘Manual de Gestão Ambiental’ (também em parceria com a FIRJAN) que traz boas práticas para o chão de fábrica com exemplos de aplicação específica ao setor joalheiro; o apoio ao Projeto Elabora, do Instituto Inclusartiz, para a formação e inserção de mulheres em situação de risco, na área da ourivesaria; e a oficina de ‘Inserção de Diversidade, Inclusão e Acessibilidade para os Negócios Joalheiros’, que será realizada em novembro deste ano, no âmbito do seminário anual ‘Atualização Tecnológica e o Setor de Joias e Bijuterias, promovido pela AJORIO.
Com relação à crise humanitária dos ianomamis que assolou o setor, Pinheiro terá a chance de dividir com todos os presentes no evento os esforços que o IBGM e as entidades de classe do setoriais estão totalmente dedicados em prol da sustentabilidade da cadeia produtiva joalheira, com foco na rastreabilidade do ouro. “Uma crise na Amazônia e a invasão de unidades de conservação e de terras indígenas, nos parecia um problema bem distante de nossas lojas e fábricas. Até que nos deparamos com a crise humanitária dos ianomamis com as cenas fortes de uma realidade estarrecedora que corre em paralelo ao mercado joalheiro legítimo. O garimpo ilegal em terras indígenas na Amazônia, a devastação ambiental e social dele decorrente, e livre comercialização do ouro de qualquer origem deixam vulnerável a reputação de um setor que emprega mais de 200 mil pessoas em aproximadamente 33 mil estabelecimentos e exporta quase 6 bilhões de dólares por ano”.
“Diante deste cenário, estamos acompanhando e incentivando todas as iniciativas que possam ajudar na tarefa de regularizar e trazer transparência para a compra do insumo mais importante do nosso setor. O fim da presunção de boa-fé na compra de ouro e a implantação da nota fiscal eletrônica foram passos rápidos e importantes dados pelo Congresso Nacional e pelo Banco Central. O projeto Ouro Responsável (iniciativa da WWF e da Universidade de São Paulo, com apoio do Instituto Igarapé) propõe criar incentivos para o bom produtor de ouro e agilizar o processo de análise do comprador do metal por meio de um aplicativo que, a partir do cruzamento de dados públicos com sistemas de informações geográficas, identificará se existe risco de ilegalidade na origem do ouro. A Ouroteca da Polícia Federal tem o conceito de uma biblioteca que armazena os diversos DNAs do ouro brasileiro e permitirá mapear a origem do metal a partir da análise de sua composição em estado bruto ou em lingotes. Além disto, organizamos encontros promissores com a Embrapa Florestas para oferecer apoio a um projeto em andamento sobre a utilização de um bio extrator obtido através da folha de uma árvore nativa da Amazônia para a separação do ouro do minério em substituição ao mercúrio que polui os rios e adoece as populações ribeirinhas contaminando seus alimentos”.
Para finalizar, ela terá o ensejo de contar que o setor está trabalhando no tema da certificação. “Estamos debruçados na certificação de DTVMs aptas a fornecer metal para a produção das joias brasileiras, para que nosso produto seja olhado com confiança e orgulho por nossos clientes em todo o Brasil e pelo mundo. Em paralelo, analisamos um modelo mais complexo de certificação de todo o processo extrativo e de purificação do metal, com intervenções de empresa certificadora da mineração, a Cerimine, da Casa da Moeda (marcação do ouro com um “selo inteligente”), auditorias (interna e externa) ao processo, culminando com a outorga de um Selo IBGM ao metal. Processo similar também está sendo estudado para as pedras preciosas”.