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IBGM participa da Expominério 2025 e reforça agenda de governança, rastreabilidade e sustentabilidade mineral

Publicado em 03/12/2025

Em debates estratégicos, Instituto reafirma a necessidade de integração entre cadeia mineral, indústria de transformação e políticas públicas.

 

São Paulo, 2 de dezembro de 2025.

O Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM) participou, como apoiador institucional, da terceira edição da Expominério, realizada de 26 a 28 de novembro em Cuiabá (MT). Representado por seu diretor-executivo, Écio Morais, o Instituto integrou dois momentos centrais da programação técnica: o painel “Mineração de Gemas no Brasil” e o painel Debate: Olhando Juntos Para o Futuro da Mineração”, reforçando a importância da articulação entre mineração e indústria joalheira para avançar na rastreabilidade e sustentabilidade.

Além disso, também esteve presente no painel “Soluções Tecnológicas e Alternativas ao Mercúrio”, o diretor da comissão de mineração do ouro do Instituto, Roberto Cavalcanti.

O evento reuniu autoridades federais e estaduais, lideranças do setor produtivo, pesquisadores e organizações técnicas, consolidando-se como o principal espaço de diálogo da mineração do Centro-Oeste.

Presenças institucionais de destaque

A edição de 2025 recebeu representantes de órgãos estratégicos para a governança do setor, entre eles, Mauro Mendes, governador do Estado; Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil; Tasso Mendonça Junior, diretor da Agência Nacional de Mineração (ANM); Wellington Fagundes, senador; Max Russi, deputado estadual (PSB) e presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso (ALMT); Silvio Rangel, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (FIEMT); Lélia Brum, diretora do Sebrae-MT; e Julevania Alves Olegário, diretora do Departamento de Desenvolvimento Sustentável na Mineração (MME).

A presença das autoridades reforçou o caráter institucional do evento e o papel da mineração na agenda de desenvolvimento econômico, de sustentabilidade e de transição para modelos produtivos de menor impacto socioambiental.

Painel “Mineração de Gemas no Brasil”: união entre mineração e indústria joalheira

No painel “Mineração de Gemas no Brasil”, Écio Morais apresentou o papel do IBGM como representante da indústria joalheira e sua conexão direta com a mineração de gemas e de ouro, destacando que o valor agregado e a rastreabilidade dependem de uma atuação coordenada ao longo de toda a cadeia.

“O IBGM congrega basicamente a indústria joalheira. Estarmos aqui, unindo o ouro e as pedras preciosas no mesmo ambiente (…) são as principais matérias-primas da joalheria, onde se agrega valor ao bem mineral, com preocupação com rastreabilidade e geração de empregos.”, relata Écio Morais.

Ao tratar do potencial brasileiro e de experiências internacionais, Morais ressaltou que o país precisa combinar seus recursos naturais com planejamento e políticas públicas consistentes:

“O Brasil é uma potência mineral, não temos de ter timidez para tratar desse mercado. (…) Se a mineração de gemas, a mineração de ouro e a indústria joalheira atuarem de forma articulada, podemos transformar esse setor em um case internacional.”, completa.

Na sua intervenção, ele mencionou os exemplos de Botsuana, que estruturou seu desenvolvimento econômico a partir da exploração de diamantes com forte coordenação público-privada, e de Israel, que, mesmo sem produção primária relevante, tornou-se referência mundial na lapidação, evidenciando o impacto da agregação de valor e da organização da cadeia.

Painel “Mercúrio: olhando juntos para o futuro da mineração”: visão sistêmica e parceria público-privada

No painel “Mercúrio: olhando juntos para o futuro da mineração”, Écio Morais destacou o papel da indústria joalheira na demanda global por ouro e a necessidade de uma abordagem sistêmica para superar os desafios da pequena e média mineração.

“A indústria joalheira é responsável por cerca de 50% da demanda de ouro no mundo. Somos um stakeholder central nesse debate sobre mercúrio e mineração responsável.”, conta Écio.

Ao tratar especificamente do mercúrio, Morais enfatizou que o tema não pode ser tratado de forma isolada:

“A questão do mercúrio é apenas um dos eixos. Precisamos falar de qualificação de recursos humanos, rastreabilidade e sustentabilidade ambiental. A visão tem de ser sistêmica. Só vamos avançar se houver parceria público-privada e fortalecimento das associações de classe; é por meio delas que o setor passa a ser ouvido pelo Estado.”

O diretor-executivo também mencionou a atuação do IBGM em defesa do fortalecimento institucional da Agência Nacional de Mineração (ANM), inclusive por meio de iniciativas jurídicas voltadas a assegurar recursos adequados à autarquia, condição fundamental para fiscalização, segurança e transparência no setor mineral.

Projeto Ouro Sem Mercúrio: reuniões estratégicas durante a Expominério

Paralelamente aos painéis, o IBGM realizou uma série de reuniões para evoluir o Projeto Ouro Sem Mercúrio, iniciativa liderada pelo Instituto em parceria com mineradoras da Baixada Cuiabana.

As reuniões avançaram na implementação dos Grupos de Trabalho (GTs), responsáveis por operacionalizar os eixos previstos na Carta de Cuiabá, incluindo rastreabilidade mineral, governança, qualificação técnica e conformidade ambiental.

Durante o evento, o Instituto também alinhou agendas com autoridades estaduais, reforçando a importância de participação técnica do IBGM na comissão dos Selos Mineral Social e Mineral Sustentável, recém-instituídos no Mato Grosso.

Ao final da participação na Expominério 2025, o IBGM reforça seu compromisso com uma mineração responsável, rastreável e integrada à indústria de transformação.

“O Brasil é uma potência mineral e tem condições de fazer a diferença, gerando emprego, renda e divisas com base em boas práticas e transparência. Para isso, precisamos de união, visão sistêmica e instituições fortalecidas.”, conclui Écio Morais.

 

Legendas das fotos:

Foto 1: Écio Morais, diretor-executivo do IBGM, durante os debates na Expominério 2025.

Foto 2: Participantes do Painel “Mineração de Gemas no Brasil”. Da esq. à dir.: Joel Saturnino, presidente da Câmara de Gemas do Sindjoias (MG); Murilo Graciano, presidente do Sindijoias Ajomig (MG); Écio Morais, diretor-executivo do IBGM; Gilson Camboim, presidente da Federação das Cooperativas de Mineração do Estado de Mato Grosso (FECOMIN); e Cristiano Siqueira, mestre em engenharia de materiais.

Foto 3: Participantes do Painel “Mercúrio: olhando juntos para o futuro da mineração”. Da esq. à dir.: Larissa Rodrigues, diretora de pesquisa do Instituto Escolhas (moderadora); Gilson Camboim, presidente da Federação das Cooperativas de Mineração do Estado de Mato Grosso (FECOMIN); Fernando lLucas tTavares, presidente da Federação das Cooperativas de Garimpeiros do Pará (FECOGAP) e da UNIOURO; Dione Macedo, coordenadora de sistematização do Projeto Ouro Sem Mercúrio; e Écio morais, diretor-executivo do IBGM.

Foto 4: Roberto Cavalcanti, diretor da comissão de mineração do ouro do IBGM, durante os debates na Expominério 2025.