informa
IBGM se reúne com Ministro da Defesa para debater a rastreabilidade do ouro brasileiro
Publicado em 10/01/2024Junto com o ICMTC, Instituto apresentou um modelo brasileiro inovador de certificação e rastreabilidade do metal, que poderá ser testado em uma área da Amazônia Legal
No último dia 19 de dezembro, em Brasília, as diretorias do IBGM e do ICMTC (Conselho Internacional de Rastreabilidade e Certificação Mineral) se reuniram com o Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro Filho, para tratar dos temas da extração ilegal de ouro na região da Amazônia Legal e da rastreabilidade do metal ao longo da cadeia produtiva joalheira.
Na ocasião, o ICMTC – consórcio formado pelo IBGM, pelo Instituto Somos do Minério, pela Universidade de São Paulo (USP) por meio de seu Núcleo de Apoio à Mineração de Pequena Escala (NAP) e pelas empresas GlobalTech e Certimine – apresentou seu modelo de certificação e rastreabilidade ao Ministro, que manifestou grande interesse em apoiar o projeto e testá-lo em uma área sensível da Amazônia Legal.
A solução inovadora, que tem DNA e tecnologia totalmente brasileiros, é um sistema integrado de certificação e rastreabilidade de ouro para o Brasil, sob a supervisão governamental. Seu desenvolvimento tem o objetivo assegurar a integridade dos processos e das informações associadas aos fornecedores e aos minerais. Os dados sobre a origem do ouro são vinculados ao produto ao longo de toda a cadeia de suprimentos.
De acordo com o diretor executivo do IBGM, “além de prevenir e combater a extração ilegal de ouro, a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo, o modelo de certificação e rastreabilidade proposto ainda fortalece o combate à evasão fiscal, ao tráfico de drogas e outras atividades criminosas, que também são de interesse do governo e da sociedade como um todo”.
Já lançado internacionalmente no mês passado, durante a COP 28, em Dubai, o modelo do ICMTC é fruto de um amplo estudo pautado nas melhores práticas internacionais de certificação com foco na produção de ouro por organizações e indivíduos da mineração artesanal e de pequena escala e será apresentado oficialmente ao mercado nacional durante a 79ª FENINJER, que acontecerá em fevereiro, em São Paulo.
Entenda o processo
O ouro produzido será marcado fisicamente com uma tecnologia proprietária, garantindo sua rastreabilidade em relação ao código único do minerador. A verificação física será realizada sempre que o ouro mudar de custódia, gerando, a cada mudança, um evento rastreável no sistema integrado. Isso permitirá a identificação completa do percurso na cadeia de valor do ouro, criando um histórico inalterável de todas as transações associadas. Cada checagem pode gerar um status negativo, apontando e identificando todas as não conformidades no mecanismo de rastreabilidade.