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IBGM se reúne com Ministro da Defesa para debater a rastreabilidade do ouro brasileiro

Publicado em 10/01/2024

Junto com o ICMTC, Instituto apresentou um modelo brasileiro inovador de certificação e rastreabilidade do metal, que poderá ser testado em uma área da Amazônia Legal

Roberto Cavalcanti (Instituto Somos do Minério), José Mucio Monteiro Filho (Ministro da Defesa), Ecio Morais (IBGM), Eduardo Gama (CertiMine), Giorgio de Tomi (USP – NAP Mineração) e Antônio Rebouças (MetaGlobal Tech)

No último dia 19 de dezembro, em Brasília, as diretorias do IBGM e do ICMTC (Conselho Internacional de Rastreabilidade e Certificação Mineral) se reuniram com o Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro Filho, para tratar dos temas da extração ilegal de ouro na região da Amazônia Legal e da rastreabilidade do metal ao longo da cadeia produtiva joalheira.

Na ocasião, o ICMTC – consórcio formado pelo IBGM, pelo Instituto Somos do Minério, pela Universidade de São Paulo (USP) por meio de seu Núcleo de Apoio à Mineração de Pequena Escala (NAP) e pelas empresas GlobalTech e Certimine – apresentou seu modelo de certificação e rastreabilidade ao Ministro, que manifestou grande interesse em apoiar o projeto e testá-lo em uma área sensível da Amazônia Legal.

A solução inovadora, que tem DNA e tecnologia totalmente brasileiros, é um sistema integrado de certificação e rastreabilidade de ouro para o Brasil, sob a supervisão governamental. Seu desenvolvimento tem o objetivo assegurar a integridade dos processos e das informações associadas aos fornecedores e aos minerais. Os dados sobre a origem do ouro são vinculados ao produto ao longo de toda a cadeia de suprimentos.

De acordo com o diretor executivo do IBGM, “além de prevenir e combater a extração ilegal de ouro, a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo, o modelo de certificação e rastreabilidade proposto ainda fortalece o combate à evasão fiscal, ao tráfico de drogas e outras atividades criminosas, que também são de interesse do governo e da sociedade como um todo.

Já lançado internacionalmente no mês passado, durante a COP 28, em Dubai, o modelo do ICMTC é fruto de um amplo estudo pautado nas melhores práticas internacionais de certificação com foco na produção de ouro por organizações e indivíduos da mineração artesanal e de pequena escala e será apresentado oficialmente ao mercado nacional durante a 79ª FENINJER, que acontecerá em fevereiro, em São Paulo.

Entenda o processo

O ouro produzido será marcado fisicamente com uma tecnologia proprietária, garantindo sua rastreabilidade em relação ao código único do minerador. A verificação física será realizada sempre que o ouro mudar de custódia, gerando, a cada mudança, um evento rastreável no sistema integrado. Isso permitirá a identificação completa do percurso na cadeia de valor do ouro, criando um histórico inalterável de todas as transações associadas. Cada checagem pode gerar um status negativo, apontando e identificando todas as não conformidades no mecanismo de rastreabilidade.